Sim! 17 anos depois resolvi mudar este sítio :-) A versão antiga pode ser vista aqui.

- ------- / / / ------- -

Acho que desde as excursões da 2ª classe que era possível esquecer-me da lancheira, mas nunca da kodak.
Desde cedo comecei a revelar e a ampliar as minhas fotografías, prática que na família tinha duas gerações. Das chapas de vidro ao celulóide. Depois...
O digital. Mais uma paixão! Do Sinclair ao Macintosh passando pelos Commodore sempre de uma forma ou de outra, ligado á imagem.
Fosse paginação, vídeo, diaporama ou simplesmente um fotograma!

- ------- / / / ------- -

Carteira profissional de Fotógrafo Nº 36 965, emitida pelo Sindicato dos Trabalhadores das Industrias de Celulose, Fabricação e Transformação do Papel, Gráfica e Imprensa do Sul e Ilhas, em 03/06/1983

- ------- / / / ------- -

Pois não sei bem quantas exposições individuais fiz nestes anos todos. Foram quase sempre em cafés e restaurantes de dois em dois anos pelo que é difícil ter um registo passado este tempo. De Sesimbra ao Porto, entre 1980 e a actualidade...
A primeira e única colectiva deu direito unicamente a menção honrosa, foi no Convento de Inglesinhos no âmbito do Ano Internacional da Juventude em 1985.

- ------- / / / ------- -

A "Fotografia de Segunda-Feira" é uma foto que envio por semana para algumas pessoas que gostam de apreciar a referida Arte. Caso queira recebé-la, deixe-me saber.

- ------- / / / ------- -

Por vezes lá faço umas Oficinas de Trabalho para transmitir às pessoas interessadas os conhecimentos básicos da fotografia, uma vez que hoje em dia muita gente tem uma máquina mas não sabe bem para que é que servem os botões ou o que é um obturador :-).
Se estiver interessado, é só escrever.

eu

Olhares sobre o Atlântico
- "O fotógrafo treina o olhar. Estuda a técnica e escolhe o melhor momento para registar o que vê, de modo a transmitir aos outros o que os seus olhos, e os seus sentidos captaram naquele instante. Mas uma fotografia não transmite apenas o instante, embora reflicta o instante. Porque aquele olhar foi o de alguém que escolheu, pensou, sentiu, reflectiu e encerrou um vasto leque de emoções numa só imagem.
Quem vê uma fotografia nunca verá o que o fotógrafo viu. O fotógrafo é um caçador de imagens. Foca a objectiva. Escolhe os pormenores. Ajusta a iluminação e espera... Espera até o momento ser perfeito. Ás vezes desloca a máquina fotográfica ou o tripé 1 a 2 mm. Muda a direcção das luzes ou espera que o sol atinja a inclinação desejada. Levanta os olhos e procura a diferença entre o olhar através da objectiva e o olhar desprovido de qualquer técnica e... espera de novo até encontrar a fracção de segundo perfeita para disparar.
Quem observa uma fotografia vê através do olhar do outro. Quanto ao que sente quem observa, nunca o saberemos!"

Ana Almeida

- ------- / / / ------- -

"Olhares sobre o Atlântico", conjunto de fotografias expostas por Rui Marchante, até 17 de Junho, no espaço remodelado da "Brisa do Mar", nas Azenhas do Mar, com apresentação de um pequeno mas vincante texto de Ana Almeida tem, entre várias, uma poderosa virtuda: faz repousar o nosso olhar carregado de alvoroço na paz sublime do que, cristalizado na mente, é para sempre eterno, ou seja, o olhar e a memória do mar que sempre muda para nunca mudar, da fixidez perene da pedra e do voo livre do céu.

Nas fotos de Rui Marchante, condensado que é o movimento num instante parado, a brutalidade real da paisagem da costa marítima de Sintra atinge o seu halo de irrealidade fílmica que só tem paralelo com a leitura de um poema de Sofia de Mello B. Andersen sobre a costa do mediterrâneo ou um texto de Virgílio Ferreira sobre o eco longínquo das vagas da Praia da Aguda.

O mar e as predras, assim perfilhadas sob um céu azulíneo, parecem figurar esse primeiro encontro entre as formas primárias da Terra, desenhando um casamento natural, puro, sem marca humana. Liberta desta, as fotografias de Rui Marchante espelham essa pureza inicial de Sintra, hoje para sempre perdida, ressalvando na nossa memória ecos nostálgicos de um adão sintrense procurando a sua eva marítima floreada entre a espuma das ondas.

Se "quem observa uma fotografia vê através do olhar do outro" (Ana Almeida), as fotografias de Rui Marchante têm o condão de nos alertar, foto a foto e no conjunto da 13 principais, para um outro tempo, imemorial, erosivo, um tempo feito de pedra, areia, vento e mar, que o homem, chegado à Terra, tem teimado em desprezar, presumindo serem as pequenas manhas humanas, e os ilusórios desejos de posse e de riqueza que elas abrigam, o fundamento da Terra.

Mas não é... É justamente o que Rui nos lembra: o Antes do Homem, que será o Depois do Homem.

"Outra Sintra", Filomena Oliveira/Luís Martins in Jornal de Sintra

"Cromos" foi uma exposição apresentada na Praia da Luz, no Porto e no Jardim da Amoreiras em Lisboa no decorrer do ano de 2010. Conjunto de 10 fotografias.
A esta segui-se "Dualidades", apresentada no Jardim da Amoreiras em 2012 e em Gouveia.

- ------- / / / ------- -

..."A acompanhar a Feira do Livro vai estar patente também na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira a exposição de fotografia “Dualidades” de Rui Marchante. Fotógrafo, natural de Lisboa, Rui Marchante apresenta vinte e seis trabalhos do seu longo percurso profissional.
A exposição de fotografia de Rui Marchante vai estar patente até 07 de Fevereiro na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira.

Gouveia 17.12.2013

- ------- / / / ------- -

Da rúbrica "A Fotografia de Segunda-Feira" algumas fotografias sairam do monitor, passaram a papel e vão ser expostas num espaço de eleição em Lisboa.
Cinquenta anos feitos, mais de trinta de fotografia... Não é um bom pretexto para vir beber um copo comigo e quiçá levar uma consigo?

Stones Café, 2014

- ------- / / / ------- -

Da rúbrica "A Fotografia de Segunda-Feira" algumas fotografias sairam do monitor, passaram a papel e vão ser expostas num espaço de eleição no Porto.
Cinquenta anos feitos, mais de trinta de fotografia... Não é um bom pretexto para vir beber um copo comigo e quiçá levar uma consigo?

BH, 2014

"Sobre fotografias do Rui, arrisco, ignorante pelo menos nestas coisas, dizer o seguinte: sem evidenciarem sofisticação técnica (ainda que, admito, a tenha em grande medida), evidenciam sofisticação do fotografado. O fotografado interpela, nomeadamente pela descontextualização, pelo inusitado. O que é bom: interpela lembrando, com o prosaico fotografado, que nem tudo é [de resto, talvez aparentemente] bem captado e bem conhecido. O fotografado e sua interpelação lembra, afinal, que o prosaico [talvez tudo] suscita dúvida. E que, na dúvida, vive-se de maneira diferente daquela em que vive quem vive na convicção de que conhece as coisas."

João Pedro Marchante (o filósofo)

"Visualizar suas fotografias Rui Marchante e saber sobre sua paixão que é a fotografia, fico muito feliz em ver toda semana suas postagens de segunda pois elas me faz refletir. Não é só mais uma foto é uma expressão de sentimentos."

Eliezer Aparecido Barbosa Silva, (Júnior) The King of Garden

"Rui Marchante é um fotógrafo nato. As imagens que tem colhido ao longo da vida, e que tem a generosidade de partilhar connosco, retratos dos sítios e dos objectos por onde passou, das pessoas que conheceu, são marca de uma sensibilidade profunda. As suas paixões, sentimentos e nostalgias estão patentes nesse amor e atenção que dedica ao que o rodeia, podendo-se detectar uma atenção especial aos aspectos rústicos da vida: a charrua abandonada dos seus campos alentejanos, a porta que já não fecha e convida a entrar, o barco encalhado numa praia deserta, o mar agitado esmagando as rochas, a ferrugem que invade este mundo difícil. As suas fotografias têm um mistério que é, afinal, o mistério da vida, levando-nos a adivinhar objectos, situações, estados de alma. E aqui a sua arte é particularmente boa, na forma inteligente, sensível, como traduz esses estados de alma, os dos outros e também os seus que adivinhamos por detrás da câmara. Grande retratista, é pena que não se dedique mais ao tema. Lá chegará a altura."

Bernardo Calheiros, Marista 1971/74

Para mim, o teu trabalho é a exponenciação do detalhe despercebido.
É o recorte certo do todo da visão do dia a dia.
É a lufada de ar fresco, a luz do fim de Inverno que se recebe no fim de domingo, justo quando a depressão é maior.
O teu trabalho faz-me bem.

António Leite Castro, O "Cardeal"

o Rui gosta mesmo de, fotografia
o Rui tem um hobby, fotografar
o Rui pesquisa, em fotografia
o Rui inova, na fotografia
para o Rui a fotografia é um modo de estar na vida!
a «imagem» de uma amizade de trinta anos

Sara Amâncio

Uma nostalgia do presente, o mundo a volta revelado pelo seus detalhes, poesia onde menos se espera, obrigado Rui

François Gangenoux



Desenho, xhtml e css por Rui Marchante - 2017